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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vampiros param de brilhar e retornam para as sombras

 
 

Fome de Viver>>>
Sempre a espreita, caçados, temidos e eventualmente assombrados pelo dilema de passar a eternidade se alimentando de humanos, vampiros levavam um pós-vida bem complicado antes de começarem a brilhar pelos bosques. O diretor Al Lougher e o roteirista James Williams decidiram colocar os sangue sugas de volta ao velho canto escuro onde eles nunca deveriam ter saído com uma série de curtas bem interessantes Lançado no ano passado, o primeiro deles, "So Pretty", acompanha a viagem noturna de uma passageira do metro entretida com sua edição de "Crepúsculo". Ao conversar com um estranho sobre a do vampirismo ele acaba percebendo da pior maneira que as criaturas da noite não são tão glamourosas como os personagens do seu favorito levam a crer.

Recentemente, o time criativo, retornou ao universo apresentado em "So Pretty" e expandiu a história com "So Dark", uma experiência mais longa e elaborada que recicla os acontecimentos escabrosos daquela noite no trem e cria uma mitologia por traz dos atos de Sean, o vampiro justiceiro. 
 
 
 

 
 
 
 
 


Alice Nine - shooting star [Single]

 

File Size: 38 MB 《320kbps》
Released: May 29, 2013
Catalog No. UPCH-80320
Download】 

Track List:
1. shooting star
2. Affection
3. shooting star (Inst.)
4. Affection (Inst.)



PIKO - Hitokoe - 42701340 - [Album]

 
 

ピコ / ヒトコエ - 42701340
File Size: 43 MB 《AAC》
Released: Feb 20, 2013 
Catalog No. KSCL-2177
Download】 

Track List:
1. Tears In
2.  人生リセットボタン
3. モザイクロール
4. 千本桜
5.  セツナトリップ
6.  ウタカタストロフィ



JASMINE - Dreamin' [Single]

 
 

Description: "DREAMIN'" is the fifth single released by JASMINE. It is the last in a trilogy of singles released over three consecutive months. The title track was used as the "recochoku" commercial song. .
File Size: 24 MB 《AAC》 【Download】 
Released: 2010.05.12  
Catalog No. AICL-2121

Track List:
01. Dreamin'
02. L.I.P.S.
03. sad to say [Remix]





Victorian Romance Emma Original Soundtrack

 
 

英國戀物語エマ オリジナルサウンドトラックアルバム「Silhouette of a Breeze」
File Size: 93 MB 《AAC》 【Download】 
Released: 2005/06/15
Catalog No. PCCG-679

Track List:
1. Silhouette of a Breeze
2. Love at first sight
3. Emma
4. Lace handkerchief
5. Menuet for EMMA
6. Society
7. Solitude
8. Crystal Palace
9. Silhouette of a Breeze(Piano solo)
10. with him
11. Emma(Piano solo)
12. the Season
13. Solitude(Recorder ver.)
14. Separation
15. Confession
16. Menuet for EMMA(Piano solo)
17. Emma(Harpsichord ver.)
18. William s Love
19. Silhouette of a Breeze(Recorder ver.)



JASMINE - No More [Single]

 
 

Description: "NO MORE" is the second single released by JASMINE. The title track was used as the opening theme song for the TV program CDTV and has been certified Gold for Chaku Uta Full downloads of over 100,000. 
File Size: 23 MB 《AAC》 【Download】 
Released: 2009.10.28
Catalog No. AICL-2044

Track List:
01. No More
02. CLUBBIN"
03. what you want?




Hoshino Gen - Gag / Dust [Single]

 
 

Description: Theme Song of anime Saint Young Men.
File Size: MB 《320kbps》 【Download: TF | MC】 
Released: May 08, 2013 
Catalog No. VICL-36780

Track List:
01 GaG
02 Dust



BrazilPUNCH #10/06

 



Fanzinada na Jornada da Cultura e Santo André - SP
http://aqcsp.blogspot.com.br/2013/06/fanzinada-na-jornada-da-cultura-e-santo.html
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13ª Feira de HQ - Piauí
http://aqcsp.blogspot.com.br/2013/06/13-feira-de-hq-piaui.html
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WELLnewss #10/06


Vírus que rouba contas se espalha no Facebook
http://ow.ly/lFDJD
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O estrela da manha esta de volta !!!!!!!!!!!!!!
Um dos personagens mais importantes da vertigo, o anjo caído Lúcifer esta de volta ao mundo das HQs em um novo encadernado que foi lançado nos estados unidos a uma semana, o titulo do novo encadernado é Lúcifer ano um,  Mike Carey escritor da serie de HQs do personagem que durou 75 edições
http://www.actionsecomics.net/2013/06/o-estrela-da-manha-esta-de-volta.html
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Ichigo de BLEACH e Kenshin de Rurouni KEnshi estaram no J Stars Victory
http://www.jefusion.com/2013/06/ichigo-kenshin-joins-j-stars-victory-vs.html
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Conheça a história dos controles da Nintendo em menos de 30 segundos ->
http://bit.ly/17oE1s4
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Live Action "Black Butler" Film Preview Images Released - JEFusion
http://www.jefusion.com/2013/06/live-action-black-butler-film-preview-images.html
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S.H. FiguArts White Wizard Official Images
http://www.jefusion.com/2013/06/sh-figuarts-white-wizard-official-images.html
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Splinter Cell: Blacklist
Splinter Cell: Blacklist chegará ao Brasil totalmente em português
http://omelete.uol.com.br/splinter-cell-blacklist/games/splinter-cell-blacklist-chegara-ao-brasil-totalmente-em-portugues/
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u2
U2 e Coldplay podem colaborar em novo disco
http://omelete.uol.com.br/u2/musica/u2-e-coldplay-podem-colaborar-em-novo-disco/
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Dep @jeanwyllys_real e Ministro Padilha conversam sobre a campanha ‘Sem vergonha de usar camisinha’ - Dep @jeanwyllys_real e Ministro Padilha conversam sobre a campanha ‘Sem vergonha de usar camisinha’ - http://bit.ly/19JY97t  (ASCOM)
http://bit.ly/19JY97t 
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S.H. FiguArts Ptera Ranger Confirmada
http://www.jefusion.com/2013/06/sh-figuarts-ptera-ranger-image-leaked.html
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Megadeth | Ouça a inédita "Forget To Remember"
http://omelete.uol.com.br/musica/megadeth-ouca-inedita-forget-remember/
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Gerard Way mostra estudos para HQ com Batman
Projeto não saiu devido à agenda do músico
http://omelete.uol.com.br/batman/quadrinhos/gerard-way-mostra-estudos-para-hq-com-batman/
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Sting anuncia The Last Ship, seu primeiro álbum em 10 anos
http://omelete.uol.com.br/musica/sting-anuncia-last-ship-seu-primeiro-album-em-10-anos/
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batman blackgate 01
Batman: Arkham Origins Blackgate ganha arte de capa
http://omelete.uol.com.br/batman-arkham-origins/games/batman-arkham-origins-blackgate-ganha-arte-de-capa/
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Castlevania Lords of Shadow Ultimate Edition anunciado para PC
http://www.gamefm.com.br/2013/06/05/castlevania-lords-of-shadow-ultimate-edition-anunciado-para-pc/
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D-BOYS: Tokusatsu conection
http://www.jefusion.com/2013/06/d-boys-tokusatsu-connection.html
[
Naomi Takebe fará nova serie Kamen Rider Series
http://www.jefusion.com/2013/06/naomi-takebe-to-produce-new-kamen-rider-series.html
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Círculo de Fogo | Confira um preview da HQ baseada no filme
http://omelete.uol.com.br/pacific-rim/quadrinhos/circulo-de-fogo-confira-um-preview-da-hq-baseada-no-filme/
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E se os super-heróis fossem patrocinados?
http://www.actionsecomics.net/2013/06/e-se-os-super-herois-fossem-patrocinados.html
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O Homem de Aço | Lois Lane e Superman no novo clipe
http://omelete.uol.com.br/superman-homem-de-aco-man-of-steel/cinema/o-homem-de-aco-lois-lane-e-perry-white-no-primeiro-clipe/
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Se Beber, Não Case chegou ao fim?
O elenco fala da franquia e de outros projetos

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Injustice: Gods Among Us - Deathstroke Red Son vs Doomsday Blackest Night [1080p] TRUE-HD

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He-man vs Lion-n

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Marvel Heroes MMO: Opening Cinematic 

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Sentai funny force

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Injustice: Gods Among Us - Batman Red Son vs Superman Blackest Night [1080p] TRUE-HD

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GACKTofficial

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Injustice: Gods Among Us - Scorpion Ending [1080p] TRUE-HD QUALITY

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5inco Minutos - FAZENDO UNS ESQUEMA

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Rodízio de declaração

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Carlos Villagrán (Kiko) e Maria Antonieta de las Nieves (Chiquinha) em Un Nuevo Día - Telemundo 

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Deadpool na MARVEL pt3

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A Vida IoI de Lucaws batista EPI1

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Level Down – A Vida é um Jogo

GPLevelDownJussara
 
O PlayStation 3 Slim está fervendo, literalmente! É um domingo, e por isso o jogador nem se incomoda em olhar o relógio. Já se passaram quatro horas e ele está realizando diversas missões de assassinato seguidas. Não se limita em apenas cumprir as missões, ele quer fazer isso com louvor! Ao concluir a fase, ele observa quantos Trophies conseguiu e quantos objetos novos destravou. Se não conseguiu um resultado cem por cento, ele repete a fase. Faz tudo de novo, com mais perfeição ainda até completar tudo. Quem é este cara?

Este cara sou eu! E, caso estejam curiosos, o jogo é Hitman: Absolution.
É incrível a dedicação perfeccionista dispensada à conclusão de um jogo de videogame nos dias de hoje. Há uns vinte e cinco anos atrás (no início do período Holoceno…) crianças jogavam seus joguinhos por horas e no máximo o “zeravam”, numa época em que não havia SAVES e o número de vidas era contado. Muitas crianças, inclusive, nem se incomodavam em atingir pontuações muito altas (a não ser que estivessem disputando om um coleguinha), queriam apenas se divertir. Hoje videogame é passatempo (e COMO “passa o tempo”!) de adultos e muitos deles têm uma dedicação feroz a destravar todos os bônus de um jogo com a mesma intensidade que um administrador de empresas quer bater metas de vendas.

Aliás, esta minha analogia procede: muitos gamers ficam mais afoitos em conseguir destravar novos “secrets” de um jogo do que dedicam-se aos objetivos de suas vidas reais.

Conheço muitos colegas que trabalham com ilustração, design, comunicação e outros empregos autônomos, daqueles em que você é o patrão. Estive na casa de um destes amigos e presenciei sua dedicação obsessiva em concluir uma fase de um jogo difícil. Ele levou bastante tempo para terminar aquele nível e, depois, resolveu repeti-lo porque não conseguiu a pontuação máxima que tanto queria. Logo depois, ele se ligou no horário e voltou para o seu computador, onde tinha uma ilustração inacabada. Menos de meia hora depois, ele olhava para o desenho, fazia um retoque aqui, outro ali e por fim sentenciou: “Foda-se! Vai assim mesmo!” e fechou o arquivo.

O ser humano é movido por Objetivos (com “O” maiúsculo). Sem querer entrar em questões existencialistas, o que define a vida de qualquer pessoa são os objetivos que ela tem em mente. É possível entender o sucesso que os videogames fazem. Os games, a esmagadora maioria deles, têm objetivos. Têm missões a cumprir. Tem metas pré-determinadas. O jogador tem uma razão para fazer as coisas – como na vida. Mas o que será que faz a conquista de um achievement mais importante do que a sua resolução de ano-novo em dedicar mais tempo à leitura? Talvez não seja uma questão de importância: mas do que é mais fácil.

É mais cômodo conseguir atingir “objetivos” sentado na frente da televisão, comendo salgadinhos de isopor que reduzem a sua expectativa de vida em seis meses por pacote do que seguir a receita de emagrecimento que o endocrinologista receitou, dando uma corridinha de trinta minutos todos os dias.
Tenho que admitir: se eu me dispusesse a realizar as minhas tarefas da vida real com a mesma intensidade com que eu tento zerar um jogo, minha vida seria, no mínimo, mais próspera financeiramente! No trabalho, muitos costumam entregar a tarefa mais ou menos, mas no seu joguinho eles não descansam até completar aquela fase com todos os Achievements e Trophies possíveis.

Temos que dar um jeito de transportar esta nossa energia gamística para a vida real! Parar de olhar para a mesa do trabalho como se ela tivesse saído de dentro do nosso nariz e dedicar-nos ao cumprimento de nossas listinhas de Ano-Novo. Afinal de contas, nesse nosso Jogo da Vida Real não há “saves” e (a não ser que entremos no assunto da religião) nem “new game”. Temos que trabalhar com o que temos agora!

Há quanto tempo você se contenta com pontuações baixas? Há quando tempo você está parado no modo “Pause”? Vamos completar 100% na nossa barra de aproveitamento!






RASCUNHO,rascunho e rascunho.... Checklist do seu name


Checklistname
Yo!
Como o outro post foi bem recebido, aproveito esse fim de sexta feira para fazer mais um post sobre criação. Agora, um check list para names (o rascunho das páginas, para estabelecer o ritmo da narrativa). Esse é um grande problema pra muitas pessoas, principalmente se você é um roteirista e trabalha com outra pessoa.

Dragon BallEu trabalho com esses rascunhos desde moleque, quando fazia fanzines com amigos do colégio. Claro que não tinha nenhuma idéia do que aquilo podia servir e usava simplesmente como um rascunho mesmo, só pra não fazer o desenho direto. Mas com o tempo, como trabalhavamos em equipe, muitas vezes eu fazia a história para outros desenharem e ai eu comecei a perceber a importância do name nesse diálogo entre roteirista e desenhista.
Partimos do conceito de que um desenhista nem sempre é alguém que pensa da mesma forma que o roteirista. O texto, mesmo com explicações minuciosas, é passivel de interpretação, e por isso, adaptação. Então, acaba ficando difícil para um roteirista ter o controle total da história, dependendo muito do desenhista. Por isso, roteiristas oscilam muito de qualidade dependendo da interpretação do desenhista.
Outro problema é a falta de noção de espaço de um roteirista. Em sua cabeça, um mundo enorme pode explodir sem problemas de ultrapassar algum limite. Isso cria as dores de cabeça dos desenhistas. Quadros impossíveis, cenas extensas demais… até mesmo um roteiro dificil de aplicar na quantidade de páginas disponível. Isso acontece muito principalmente de quem sai de uma veia mais literária do que de roteiro para teatro ou cinema, onde muitas vezes, você até usa cronômetro pra contar o tempo de cada fala. Falta de feeling com a mídia é uma dor de cabeça pra quem tiver que fazer a próxima etapa.
One PiecePor isso eu defendo que todo roteirista de quadrinhos saiba fazer quadrinhos, mesmo sem saber desenhar tão bem.
Existem dois tipos de name. O name definitivo, aquele em que os quadros já estão posicionados, a narrativa visual já é calculada e a direção da história já é praticamente definida, com os ângulos das câmeras, posicionamento, efeitos, etc. O outro é o name explicativo, que qualquer um pode fazer. Nele, você só precisa passar uma ideia de como você quer as coisas. O desenho pode ser simples, os quadros podem ser mal feitos. A única coisa que é necessária é a limpeza e clareza das idéias. A partir desse name, o desenhista fará um name definitivo.
Explicado isso, vamos ao checklist.
-Clareza. Você deixou claro que aquele boneco de pauzinho é o protagonista e aquele é o vilão? Desenhou ou descreveu o fundo pedido (se não tem talento, muitas vezes é mais fácil escrever)? Aquele detalhezinho que você quer mostrar está visível? Se você faz tudo sozinho, não é necessário muita coisa, mas se você vai passar pra outra pessoa, quanto mais detalhe, melhor. Mesmo bonecos de pauzinho podem ser identificado por algum detalhe visual, como um cabelo ou item característico ou mesmo uma inicial no peito (no rosto, tem a expressão). Tente deixar claro suas ideias e procure a forma certa de trabalhar com o seu parceiro da arte e o editor que vai aprovar isso.
-Ordem. Suas cenas estão bem organizadas? Não tem muito quadro em uma página e pouco em outra sem necessidade? Você não expremeu o final porque acabou as páginas e sobrou história? Não tem texto demais? Os balões não estão mal posicionados?
20th Century Boys-Narrativa. Se este é o definitivo, sua narrativa precisa estar acertada aqui. As passagens de quadro não estão bruscas demais? Não falta nenhum quadro entre um e outro? Não tem problemas de cronologia, tipo, um personagem levantar uma mão em um quadro e no seguinte, o outro braço estar levantado? Também não há problemas de posicionamento dos personagens? A indicatividade da leitura, o caminho que o olho deve seguir, está correto, natural? Os ganchos de fim de página estão funcionando? O climax é mesmo o quadro maior da história? As cenas de ação estão grandes e com poucos balões, quadros angulados? As cenas mais paradas não estão repetindo muito o mesmo ângulo? Não tem close demais? Os textos não estão muito concentrados?
Vagabond-Quadros essenciais. Todo começo de cena deixa claro o lugar? Quantas pessoas? O horário ou situação de luz? Os detalhes de cenário importantes? A troca de cenário é clara? De tempo? Tem espaço para os créditos da história, nome do capítulo? Tem espaço para os elementos visuais complementares, como um marcador de fim de capítulo? Uma dica é sempre que começar uma cena, pensar em responder as questões QUEM? ONDE? QUANDO?
-Folhear. Você folheou algumas vezes? Passou o olho rápido pelas páginas pra sentir onde seu olho para quando você faz isso? Muitas pessoas não leem de primeira, folheiam antes. Ter um ou dois quadros grandes e apelativos nos cantos de página ajudam a captar esses leitores desinteressados. E muita coisa salta aos olhos folheando o name antes de desenhar. Folheie pelo menos duas vezes, uma rápida e outra mais devagar, mas sem ler, só olhando.

HagarenTente definir ao máximo como será sua página final desenhada já no name. Ao contrário do que pensam, é no rascunho que você tem que apagar e refazer tudo que precisar. Tendo tudo mais ou menos definido, desenhar fica mais rápido, quase mecânico. E pra um editor também é muito melhor quando o name está bem definido, porque ao aprovar, ele já praticamente aprova o material final também. É por isso que também é importante o desenhista não alterar muito as páginas finais em relação ao name, acaba gerando problemas de narrativa, indicatividade, cronologia, tudo por questões estéticas como “acho que fica melhor se eu desenhasse ele de costas”. Pequenas coisas que estragam completamente um trabalho de cálculo prévio que visa exatamente evitar que esses problemas aconteçam depois.
O name não é como um storyboard para o cinema. Nele você define questões de direção, fotografia, e questões particulares dos quadrinhos, como o espaço de página, a virada de folha… E é o elo que une as partes de todo um projeto. A idéia do roteirista com a visão do editor e o talento do desenhista. Quem faz o name de uma história em quadrinhos faz o papel do diretor de um filme para o cinema e é quem define o tom que terá a história quando chegar aos leitores. Por isso, sugiro que pensem sempre com seriedade em como será feito.
VagabondCada um trabalha de um jeito. Takehiko Inoue, em Slam Dunk, fazia um name bem completo para que seu editor entendesse tudo. Mas em Vagabond, ele praticamente não desenha, só coloca os textos e um ou outro desenho ou divisão de quadros. Vai da confiança do editor com um autor, que é referência absoluta em narrativa hoje, e que trabalha sozinho, sabe o que quer.
Alguns desenhistas fazem o name extremamente detalhado, e já no tamanho final. Depois, colocam o próprio name numa mesa de luz e fazem a artefinal nele, eliminando um processo, que seria o lápis.
Enfim, tem muita liberdade em fazer name, e é o processo que eu mais gosto em fazer quadrinhos. No Brasil, muito por conta da influência que temos de escolas ocidentais, o name em si é muito subutilizado e considerado por muitos roteiritas uma ferramenta apenas do desenhista. Mas tudo depende da forma de pensar. Um name bem feito melhora a comunicação entre todas as partes, acelera o trabalho do desenhista, pode ser usado para muitas outras coisas (em um estúdio de mangá, por exemplo, o name é usado para passar as ordens aos assistentes, onde aplicar retículas, pintar de preto, passar tinta branca, eventualmente até onde aplica cores).

http://genkidama.com.br/xil/checklist-do-seu-name-rascunho/




Quadrinhos Dependentes (ou “Oh Lord, Won’t you buy me a Mercedes Benz”)

 
 

Os anos 70 e 80 (e por muito tempo dos 90) criaram uma certa tendência cultural, o tal do “indie”, o submundo cultural. Enraizado na cultura punk do “faça você mesmo”, o indie sempre representou a liberdade de expressão custe o que não custar. Baixo orçamento e tosquices eram orgulho. E, como diziam no Flashman, vinte anos depois…

O “indie” hoje remete mais ao hipster, aquele cara que é estiloso por escolha e toma cuidado para ser estranho. Indie é Scott Pilgrim, o personagem. E agora que é tudo só pose, não existem mais motivos para as ideologias por trás, a razão de ser independente. Isso se reflete em como se faz a cultura independente hoje, inclusive nos quadrinhos. Toda a pompa de não ser mainstream, estar fora dos holofotes, mascarada numa única tarja que de repente enche as pessoas de honra e orgulho. Mas meu foco aqui não é o mérito no rótulo, mas o que tem acontecido.
Não é de hoje que vemos movimentos tímidos sendo sussurrados pelas redes sociais, com poucos ecos, mas ainda assim, insistentes, esperando sempre a chance de aparecer. E é tão estranho ver isso… Movimentos de quadrinhos independentes que pedem sustento para os outros, como um filho desgarrado girando no chão, fazendo sons indecifráveis porque não vão levar o iogurte pra casa hoje. E assim chegamos à era dos Quadrinhos Dependentes, a versão yupie e mimada dos fanzines xerocados!
O quadrinhista dependente geralmente não está no negócio para criar histórias filosóficas, com abordagens pouco comerciais, experimentais ou com um tom ou tema polêmico demais. Afinal, tudo isso é mainstream hoje! Aliás, tudo hoje pode ser mainstream, basta ser bem feito e bem planejado. Já tivemos a época para tornar vendável até as piores viagens do Grant Morrison e vimos uma história de anjos e robôs ser um dos maiores fenômenos comerciais do Japão. Gente como os gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon aparecem na lista de mais vendidos no New York Times. Então, como fica a identidade do quadrinhista independente?

A verdade é que os bons independentes acabaram caindo nas graças do mercado e podem continuar fazendo o que gostam com dinheiro dos outros. É como um final feliz para uma história de esforço e sacrifício. Mas sem seus líderes para flamular as bandeiras do independentes, o restante perdeu seu rumo e sua forma. E se mostrou bem distante da ideia do quadrinho de guerrilha, feito como dá, impresso como pode, vendido pelos cantos ou no boca-a-boca. O quadrinho dependente é o filho de vinte e tantos que ainda recebe mesada e reclama que com tão pouco, não pode ter o que o irmão que trabalha em dois turnos tem.
Dai existe o choro por justiça, por direitos iguais. Por cotas que favoreçam e obriguem o mercado tão malvado e bullier a trabalhar em favor destes filhos mimados da cultura. Estes que sofrem com o bullying dos leitores indiferentes, dos editores que os chamam de amadores, dos autores estabelecidos que não fazem nada pelos outros que ainda não estão no mercado… Talvez seja apenas um retrato de como a gente cria essa nova geração à iogurte, que não repete de ano se for burro, que não se machuca se fizer besteira, nem é culpado se comete crimes. Então, o direito de realizar o sonho vira um carrinho de Hot Wheels, comprado pelo pai ausente e inconsequente, como uma forma de compensar tudo que faz de errado.
A geração dos quadrinhistas dependentes não é aquela que chora apenas para o governo ou para o Twitter. Também é aquela que acha que os editores têm o dever de publicar exatamente o que o autor quiser, pois é seu filho, é sua arte e é um crime pedir para que um autor com a honra e o orgulho de um independente se venda ou venda sua arte. Editores não são cafetões da arte. A partir desse ponto é que nasceram os independentes, que lançavam o que os editores não acreditavam. Mas é claro que mesmo os independentes sempre sonharam em poder ser parte de algo maior, vender muito e atingir muitos leitores. Esse papo de que “se minha história atingir duas pessoas eu já estou feliz” é uma lambida envergonhada em uma ferida exposta.
Trabalhar com quadrinhos é diferente de fazer os seus quadrinhos, contar sua história. O primeiro contém o segundo, mas o inverso depende de muito mais coisa. Então, você pode pensar em duas alternativas. Transformar seu talento com quadrinhos em trabalho ou trabalhar com outra coisa e publicar independente, seja pagando sua impressão ou em blogs, sem esperar que isso tenha um alcance grandioso e te encha de dinheiro e seja adaptado para anime e depois um filme com atores. Isso não é impossível, mas não deveria ser prioridade para ninguém, quanto mais um independente. Imagine um dependente, que nem ao menos montar seu próprio site e divulgar o conteúdo propriamente quer fazer?

Como deixar de ser um quadrinhista dependente? Pra começar, comece a olhar para si mesmo com a mesma ironia e senso crítico que você tem para reclamar dos outros. Reclame de você mesmo, e então trabalhe para se tornar melhor naquilo que lhe incomoda. Quando conseguir aceitar seus erros, pode começar a ouvir mais as críticas. Elas costumam vir com dicas, que muitas vezes são codificadas, só entende quando se tem vontade. Se elas vierem de alguém que vai lhe publicar, então… Muitas vezes é de alguém que sabe melhor do que você o que o público dele quer e o que ele pode vender de seu talento.
Enquanto continuarmos culpando o sucesso dos outros e vendo nossa incompetência como uma injustiça, seja social, seja natural ou divina, nunca seremos capazes de andar ao lado dos autores de verdade. De verdade, porque sua cota e sua ajuda só alimentam uma mentira. Você não é um profissional dos quadrinhos!



? ANUN

ANUN