NA Historia, três povos (outrora irmãos) disputam
poder e território: os Homens-Tigre, o Povo de Ur e o Povo de
Lem. Quando o rio seca, Thuga, sacerdotisa do povo de Lem,
avisa que é chegada a hora de partir e procurar um novo rio, conforme os antigos
registraram simbolicamente no paredão rochoso da Pedra do Ingá e no chão
próximo a ele. Em tempo: hoje o rio próximo do local se chama
Bacamarte.
Thuga tenta preparar a todos para as
mudanças que virão, mas o caçador Piteco dá de ombros e mantem-se
reticente ao seu modo de vida tradicional, sem saber que sua atitude iria
influenciar a decisão da sacerdotisa em se deixar capturar pelos homens-tigre.
Como geralmente só se dá valor ao que se perde, Piteco une forças com os amigos
Beleléu e Ogra para resgatar Thuga, enquanto o povo de
Lem, retirantes pré-históricos, segue à procura do mítico rio
vermelho.
Sabendo que, na natureza, “a beleza é o melhor
disfarce da morte”, os três amigos enfrentam as armadilhas do povo de Ur,
além de cruzar com divindades indígenas brasileiras (reinterpretações do
Boitatá e do Curupira) e maia (Camazotz), bem como exemplares
da megafauna, entre eles um Anhanguera, numa licença poético-temporal,
haja vista essa espécie de pterossauro ter existido durante o período
Cretáceo. Nesta releitura inusitada e repleta de ação, o paraibano
Shiko acerta em cheio ao misturar a sua origem nordestina à essência do
homem das cavernas de Maurício de Souza.
{{
[
Nenhum comentário:
Postar um comentário