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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Graphic MSP - Piteco Ingá


NA Historia, três povos (outrora irmãos) disputam poder e território: os Homens-Tigre, o Povo de Ur e o Povo de Lem. Quando o rio seca, Thuga, sacerdotisa do povo de Lem, avisa que é chegada a hora de partir e procurar um novo rio, conforme os antigos registraram simbolicamente no paredão rochoso da Pedra do Ingá e no chão próximo a ele. Em tempo: hoje o rio próximo do local se chama Bacamarte. 



Thuga tenta preparar a todos para as mudanças que virão, mas o caçador Piteco dá de ombros e mantem-se reticente ao seu modo de vida tradicional, sem saber que sua atitude iria influenciar a decisão da sacerdotisa em se deixar capturar pelos homens-tigre. Como geralmente só se dá valor ao que se perde, Piteco une forças com os amigos Beleléu e Ogra para resgatar Thuga, enquanto o povo de Lem, retirantes pré-históricos, segue à procura do mítico rio vermelho. 



Sabendo que, na natureza, “a beleza é o melhor disfarce da morte”, os três amigos enfrentam as armadilhas do povo de Ur, além de cruzar com divindades indígenas brasileiras (reinterpretações do Boitatá e do Curupira) e maia (Camazotz), bem como exemplares da megafauna, entre eles um Anhanguera, numa licença poético-temporal, haja vista essa espécie de pterossauro ter existido durante o período Cretáceo. Nesta releitura inusitada e repleta de ação, o paraibano Shiko acerta em cheio ao misturar a sua origem nordestina à essência do homem das cavernas de Maurício de Souza.
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